domingo, 6 de junho de 2010

Alemanha, Itália e França investigam Google por invasão de privacidade


Por Bruno Macedo

Promotores alemães começam um investigação sobre a Google por conta da acusação de violação de privacidade que envolve a gravação de atividades de pessoas conectadas em redes wi-fi abertas.
O procurador de Hamburgo, Wilhelm Moellers, disse à agência de notícias DAPD que seu departamento iniciou uma investigação após receber uma queixa contra os funcionários da Google.
A empresa de Internet reconheceu a violação de privacidade e divulgou um pedido de desculpas na sexta-feira passada.
A Google já está na mira das autoridades alemães. O Ministro da Defesa do Consumidor, Ilse Aigner, declarou que o incidente mostrou que a companhia não compreende as necessidade da privacidade.
Depois da Alemanha ser investigada por invasão de privacidade, Itália e França também sofreram as mesmas acusações. Na Itália, as autoridades afirmaram que iniciaram uma investigação de dados coletados pelo Google para o serviço "street view", que fornece imagens panorâmicas das ruas da cidade para o site Google Maps.
Com o serviço, as atividades de dispositivos conectados a redes sem fio podem ser gravadas. Na França, onde as companhias devem preencher uma declaração com a Comissão Nacional de Computação e Liberdade (CNIL), descrevendo o tipo de dado que elas querem armazenar nos sistemas de computadores, o conteúdo coletado pelo Google será analisado, pois não foram mencionados na declaração à autoridades. Após as acusações Eric Schmidt presidente da Google saiu em defesa de empresa. Ele afirmou que o Google tem a política de privacidade mais centrada no consumidor do que qualquer outro serviço online.
Além de negar que a empresa esteja passando por uma crise de confiança, o presidente das empresas Google que o que realmente importa é o dano real, repetindo que o problema envolve uma pequena quantidade de dados fragmentados, não utilizados de forma não utilizados de forma alguma pela empresa. Schmidt evitou comentar se membros Google teriam sidos demitidos após a descoberta da falha na coleta de dados do Street View.

Silicon Alley Insider faz acusações contra fundador do Facebook


Entre as denúncias estão invasões em sites de usuários e firmas concorrentes para obter informações.

Mais uma polêmica vem à tona contra o site de relacionamentos Facebook. Dessa vez, as denúncias partem do site de tecnologia Silicon Alley Insider, de acordo com o jornal Folha de São Paulo. E não são as primeiras acusações. O fundador do Facebook, Mark Zuckerber, teria invadido contas de usuários para ler o conteúdo privado. Ele também é acusado de invadir sites de empresas concorrentes para roubar informações. Zuckerberg ainda responde por um processo de plágio aberto pelos donos da HarvardConnection, que fizeram a acusação apenas seis dias após o lançamento daquela que vem a ser a maior rede social do mundo. A reportagem do Silicon Alley Insider afirma que Mark teria invadido contas de e-mail de editores do jornal universitário Crimson. A invasão ocorreu porque o jornal teria decidido publicar a história do HarvardConnection.

Google admite que colheu informações privadas por engano


A empresa afirmou que seus veículos usados para criar mapas on-line e localizar redes sem fio, captaram por engano dados de usuários. O Google disse que irá parar de colher informações que trafegam nas redes sem fio (Wi-Fi). Alan Eustace, vice-presidente sênior de engenharia e pesquisa da empresa, escreveu em seu blog que o erro foi descoberto após a empresa responder a um questionário de um organismo alemão de proteção de dados.

Criador do Facebook teria ironizado usuários


Segundo o site de tecnologia Silicon Alley Insider, vazou uma suposta conversa entre Mark Zuckerberg e um amigo, revelando displicência do criador e executivo-chefe do Facebook em relação à privacidade. Ele teria chamado de "dumb fucks" (algo como "babacas burros") os alunos da Universidade Harvard que confiaram nele ao colocar informações pessoais no Facebook.

O individualismo nas redes sociais


O social está assumindo um papel cada vez mais importante no mundo da Internet. Os chamados "softwares sociais" estão cada vez mais sendo usados e têm contribuido para a aproximação das pessoas e a criação de comunidades virtuais.

Por Pedro Araújo

Uma comunidade pode agregar pessoas ou valores na medida que desenvolve o capital social envolvido no seu ambiente. Uma comunidade com um maior capital social tem um maior compartilhamento de conhecimento, o que faz com que as chances de mudanças comportamentais significativas sejam maiores do que em comunidades com menor capital social. As comunidades com maior capital social certamente dispõem de muitos participantes com elevado capital social individual. Mas, afinal, o que é capital social? Podemos definir capital social como sendo a soma dos potenciais disponíveis em uma rede de relacionamentos.

O capital social pode ser caracterizado através de três dimensões básicas:

Estrutural (em rede): habilidade que as pessoas têm para fazer contato com outras pessoas. Reduz a quantidade de tempo e o investimento necessário para se obter informações, localizar especialistas, resolver problemas.

Relacional (compromissos): o senso de comprometimento desenvolvido ou que se desenvolve através de obrigações, normas, confiança e identificação.

Cognitivo (aprendizado): o interesse ou o entendimento comum; o desenvolvimento de um contexto compartilhado entre ambas as partes.

Assim, as comunidades virtuais podem ser um elemento significativo para a ampliação do capital social de pessoas ou organizações. Esses ambientes dão oportunidades para que os indivíduos façam novos contatos, abrindo espaço e tempo para seus relacionamentos, achando meios para o compartilhamento de culturas e experiências e, com isso, aprimorando de forma consciente, ou não, as suas vidas.
Nas comunidades virtuais, vemos pessoas colocando suas postagens em resposta às colocações já realizadas, estabelecendo vínculos diretos: as chamadas “ligações fortes”.
Por outro lado, a maioria dos participantes somente olha – e rapidamente – as colocações feitas, estabelecendo, assim, vínculos distantes: as “ligações fracas”. Nessa área, se explora o conceito de “individualismo em rede”, como uma extensão da tendência ao individualismo já existente na nossa sociedade atual.
Vivemos uma grande contradição. Estamos presenciando na nossa sociedade uma individualização intensa, enquanto que, simultaneamente, estamos dependentes do relacionamento com os outros. O sociólogo Manuel Castells diz que o grande papel da Internet na estruturação das relações sociais é a sua contribuição para esse novo tipo de sociabilização, baseada no individualismo. Para ele, a web é o suporte apropriado para a difusão do individualismo, onde as pessoas habitam as comunidades virtuais com ligações fracas.
Embora o surgimento das redes de relacionamento tenha provocado em algumas pessoas o efeito contrário do que o esperado, a psicanalista Anna Verônica Mautner acredita que esse individualismo está aos poucos se rompendo, mas, ao mesmo tempo, estamos fazendo uma comunicação surda. “Facebook, orkut são exemplos de comunicação surda. As pessoas escrevem coisas como ‘Agora eu vou tomar banho’”. Para Anna Verônica, as pessoas se abrem, desabafam, mas não interagem; por isso, a psicanalista chama de “surda” essa forma de comunicação.
Há a visão de que o real e o virtual são dois mundos distintos. Algumas pessoas veem as comunidades virtuais como ilhas exóticas, com espaços sociais delimitados, independentes do tempo, do espaço e do local. O fotógrafo Lucas Martins defende a mudança do conceito da Internet para “artefato cultural”. O que ele chama de “mudança de foco” é as pessoas deixarem de “ver a atividade online como um desligamento das atividades da vida real”.
As facilidades do mundo virtual são muito bem-vindas ao nosso dia-a-dia. Para Lucas, “se podemos evitar as enormes filas dos bancos pagando nossas contas em casa, pela Internet, por que não usarmos a tecnologia a nosso favor, economizando tempo e estando livre de assaltos?”. Já para Anna Verônica, o problema surge quando tudo parece poder ser resolvido com o simples apertar de um botão. Durante a entrevista, a psicanalista pega um pedaço de papel e faz um barquinho. “Eu fiz uma coisa. Quando eu escrevo ‘barquinho’ no computador, eu não fiz nada. Temos que ensinar o homem a voltar a fazer”, conclui Anna Verônica.

Aproveite e assista a entrevista exclusiva que a psicanalista Anna Verônica Mautner concedeu ao reporter Leandro Carvalho. Clique no link abaixo:

Câmeras de segurança tapam o rosto das pessoas


Por Pedro Araújo

Pesquisadores americanos desenvolveram uma câmera que cobre o rosto das pessoas que aparecem nos vídeos de segurança com um círculo. O equipamento ainda está em fase de pesquisas, mas poderá ser utilizado como um mecanismo de segurança, já que o círculo pode ser retirado sempre que necessário. Enquanto isso, a câmera só tapa os rostos de cidadãos que estiverem vestindo um marcador na forma de um chapéu amarelo ou uma roupa verde. Em testes, a câmera identificou corretamente 93% das pessoas que estavam usando os marcadores.

Câmeras de segurança: problema ou solução?


O debate sobre a instalação de câmeras em lugares públicos e privados com o objetivo de aumentar a segurança das pessoas é polêmico e ainda não resultou em uma resposta definitiva.

Por Pedro Araújo

Sempre que o tema surge, duas questões importantes são levantadas: a invasão de privacidade e a segurança. O direito à privacidade e o direito à segurança são igualmente fundamentais para qualquer ser humano.
Uma pesquisa feita no Reino Unido, país que concentra o maior número de câmeras por habitante - uma para cada 14 pessoas - mostra que a maioria dos cidadãos não se incomoda em ser monitorada e, ainda, é favorável à instalação de mais câmeras, pois se sentem mais seguras. Por outro lado, há pessoas que se sentem profundamente incomodadas e invadidas e com seu direito à privacidade violado pelos equipamentos. Posições opostas que tornam a criação de um acordo sobre o assunto um sonho cada vez mais distante.
Para a psicóloga Lucimara Lundin, o ser humano se sente seguro sabendo que está sendo vigiado. E como a violência é crescente, ele abre mão da própria privacidade porque a necessidade da sensação de segurança é maior. "Mas, essa sensação é falsa; é só uma impressão", diz a psicóloga. "A segurança pública está ligada a problemas sociais. As câmeras, por si só, não podem nos salvar de uma situação de risco."
Mas, quem está de olho nelas pode. O porteiro Mário da Silva já impediu que uma jovem fosse agredida pelo namorado na garagem. "Eu vi que ele iria bater nela e corri para ajudá-la." Segundo Mário, alguns porteiros costumam contar uns aos outros o que veem no interior do prédio. "É quase impossível não fazer um comentário quando vemos um fato curioso ou um namoro que passa dos limites", afirma o porteiro.
O juiz Fernando Carlos Diniz, ao julgar uma ação movida contra o município de Porto Alegre por uma ONG que reclamou da instalação de câmeras de vídeo em espaços públicos da capital, disse que "a captação por uma filmadora da imagem de uma pessoa em local público não fere sua dignidade. O que é indigno é ser agredido gratuitamente na rua". Diniz ressaltou, ainda, que quem está em um ambiente público deve ter um comportamento compatível com a vida em grupo. O juiz acredita que as câmeras de vídeo evitam que pessoas sejam molestadas, assaltadas, pois, "isso, sim, afronta a dignidade da pessoa humana", conclui Diniz.

Paquistão bane o YouTube e o Facebook

O Paquistão, país ao sul da Ásia, depois de vários protestos nas ruas, decidiu através do Ministério das Telecomunicações e de sua agência reguladora (similar a Anatel no Brasil), o banimento dos sites Facebook e YouTube.
Alegam que um dos usuários do Facebook solicitava que os membros do site enviassem esboços de desenhos de Maomé. O YouTube foi proibido também por divulgar as imagens sobre a polêmica.

Google para a destruição de dados privados na rede

O Google suspendeu temporariamente a exclusão de dados privativos dos internautas. As redes de Internet sem fio não conseguem proteger esses dados, são vulneráveis aos ataques de hackers.
A empresa alegou que não sabe o que fazer com esse material, por esse motivo, o serviço de captura do Google Street Views foi interrompido.
As autoridades da Europa irão se pronunciar sobre o assunto em questão o mais breve possível.

Facebook altera política de privacidade

A maior rede social do planeta deseja mudar suas opções de privacidade.
Ativistas de grupos de controle de privacidade na Internet, revelaram que o projeto de alteração visa que o usuário tenha configurações mais simples e decida o que irá compartilhar com os outros usuários.

Conheça os três níveis de privacidade existentes

Marco Civil: avanço ou retrocesso na web?


Por Leandro Carvalho

O projeto Marco Civil da internet do Brasil, lançado em outubro de 2009 pelo Ministério da Justiça em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) do Rio de Janeiro, que tem por objetivo regular as ações da web brasileira.
Segundo pesquisa IBOPE, divulgada em fevereiro deste ano, há atualmente no país 66 milhões de internautas que passam 44 horas na internet.
Depois de quinze anos de acesso público no Brasil, não há legislação específica para o ambiente virtual, que acarreta lacunas jurídicas em muitos casos.
Esse projeto permite que qualquer brasileiro que tenha acesso à rede possa opinar sobre o assunto. Em junho o texto final do projeto com os comentários dos internautas irá para o Congresso Nacional.
A privacidade é a grande causadora de polêmicas, como colocar regras na rede e ao mesmo tempo não censurar, cadastrar o usuário sem interferir na sua privacidade e proibir o anonimato sem cercear a liberdade de expressão.
Mais de 37 mil pessoas já passaram pelo portal do Marco Civil e os comentários já ultrapassam a marca de 1.700, eles se concentram em pontos críticos como exclusão de conteúdos e cadastro de usuários.
O analista de sistemas, Frederico Pandolfo, afirma que “apesar do tom crítico, não se diz contra o projeto, mas argumenta que tem receio que possa ser usado como instrumento de censura prévia”.
Atualmente os provedores têm as decisões em suas mãos de guardar ou não as informações e bem como o período que esses dados ficaram disponibilizados. O projeto pretende incluir um período máximo de seis meses de arquivamento.
O diretor de políticas públicas do Google no Brasil, Ivo Correa defende a criação do Marco Civil, em especial a clausula que isenta intermediários de culpa por terceiros. Ivo constatou que existe no Brasil mais de 1.500 ações na justiça, a maior parte por conteúdos disponibilizados no Orkut. “O Google não produz conteúdo, com exceção de mapas”, afirmou Ivo.
Nos Estados Unidos também esta sendo discutida e questionada pela FCC (Comissão Federal de Comunicações, sigla em inglês), a inserção ao tema o conceito de “neutralidade da rede”, significa que todos os dados devem ser tratados da mesma forma e relevância e a navegação na mesma velocidade para todos.
A neutralidade precisa garantir ao internauta uma velocidade igual para todos os sites visitados sem distinção, e a navegação tem de ser irrestrita não apenas para sites que tenham parcerias com os provedores da internet.
“Somos defensores da neutralidade da rede e contra qualquer tipo de filtro. Isso é própria idéia de fluxo de informação sem limites e sem fronteiras”, defende Eduardo Parajo, presidente da Abranet (Associação Brasileira de Internet).

sábado, 5 de junho de 2010

O público e o privado

A violência está fazendo com que as pessoas troquem as ruas por locais fechados.

Por Cíntia Coimbra

O espaço público é um espaço designado a todos como: praças, ruas e parques. Há algum tempo atrás as pessoas gostavam de caminhar, andar de bicicleta, patins, mas com a violência urbana cada vez mais aumentando hoje poucas pessoas frequentam esses lugares ao ar livre.
Esses espaços são trocados pelos privados como, shoppings, cinemas e restaurantes, por achar que nesses lugares estão mais seguros.

Hoje diversas ruas e locais movimentados são monitorados 24 horas por dia,
através de câmeras de segurança. Esse processo de vigilância vem se espalhando por todos os lugares: casas, prédios residenciais e comerciais, shoppings, cinemas, bares, restaurantes, lojas, estacionamentos.
É neste ponto que entra a questão, até onde tudo isso se torna segurança ou invasão de privacidade. Porque as pessoas são monitoradas em qualquer lugar que vão. A impressão que dá é que vivemos em um reality show, infelizmente esse é o preço que se paga para ter um pouco mais de segurança. De agora em diante as pessoas não terão mais vida privada e sim vida pública.

O delegado de polícia Rafael Costa afirma que nos dias de hoje é necessário câmeras de segurança porque ajuda na identificação de indivíduos, e que essas câmeras facilitam bastante no trabalho da polícia.

O fato das câmeras de segurança ou “vigilância” ajuda também a polícia a não cometer mais tantos erros, porque colaboram na identificação de criminosos e isso faz com que não seja preso ou culpem pessoas inocentes.

A vida privada está fazendo com que as pessoas deixem de se relacionar e conhecer pessoas diferentes com novos costumes. Sair para as ruas caminhar à vontade e conhecer novas pessoas é muito importante.

A tendência do espaço público é diminuir e até quem sabe sumir porque a burguesia já se isolou e não frequenta mais esse tipo de espaço eles preferem pagar para ter um espaço fechado que caibam somente seus parentes e amigos, ficando monitorados por câmeras paredes e portões a sua volta. O cidadão trabalhador paga seus impostos e não tem a segurança devida que ele precisaria, por que as pessoas não precisariam comprar segurança sendo que isso é obrigação do governo.


Ouça a reportagem de Cíntia Coimbra
Dr. Jéferson Santos by privacidadedigital

Especial - De olho na tela da segurança


Por Teresa Cristina

As tecnologias de segurança na internet crescem a cada dia, desde monitoramente de empresa até um software para ver e bloquear o que as crianças acessam. O medo dos crimes da internet para muitas pessoas é maior do que os crimes que acontecem no mundo real.

Conversamos com o Dr. Coriolano Almeida Camargo, presidente do comitê de Crimes de Alta Tecnologia que nos alertou sobre as medidas de segurança que temos que tomar quando se trata de acesso à internet: “A prevenção começa pelo básico, manter um sistema operacional atualizado, não usar software pirata, usar um antivírus, porque na eventualidade da sua maquina para que algum hacker, ou algum cracker comenta um crime, você pode vir a ser responsabilizado, mesmo não tendo agito de má fé”.
Segundo o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil, O número de fraudes na internet cresceu 6.513% no País entre 2004 e 2009. A internet teve uma maior exposição e crescimento de usuários no decorrer dos últimos 10 anos.

De acordo com o IPDI (Instituto de Peritos em Tecnologias Digitais e Telecomunicações), pessoas que usam a internet para roubo de identidades podem responder por estelionato, furto mediante fraude, intercepção de dados, quebra de sigilo bancário e formação de quadrilha. Veja abaixo quais os crimes mais comuns na internet:


PORNOGRAFIA INFANTIL - Internautas criam sites ou fornecem conteúdo (imagens e vídeos) relacionado ao abuso sexual infantil

CALÚNIA E DIFAMAÇÃO - Divulgação de informações - muitas vezes mentirosas - que podem prejudicar a reputação da vítima. Estes crimes tornaram-se mais comuns com a popularização do site de relacionamentos

AMEAÇA - Ameaçar uma pessoa - via e-mail ou posts, por exemplo-, afirmando que ela será vítima de algum mal

DISCRIMINAÇÃO - Divulgação de informações relacionadas ao preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Também tornou-se mais comum com a popularização do Orkut

ESPIONAGEM INDUSTRIAL - Transferência de informações sigilosas de uma empresa para o concorrente


Ouça a entrevista do dr Coriolano Almeida Camargo falando sobre os crimes mais comuns na internet.
Matéria Editada - Coriolano Almeida Camargo by privacidadedigital


Funcionário x Internet

As empresas já adotaram o monitoramento dos acessos dos funcionários a internet, porem é preciso avisá-lo que ele estará sendo monitorado em todos os momentos de acesso à maquina que foi dada para a utilização de fins profissional. Porem se caso a empresa tenha essa norma e não avisou, o empregador não pode mandar o emprega embora por justa causa, comenta Almeida Camargo, sobre o acesso restrito de funcionários à conteúdos fora do profissional.

A atitude das empresas em optar por o monitoramento vem de encontro com o receio da espionagem industrial, o funcionário tem acesso a informações sigilosas da empresa e com um mero clique consegue passá-las a frente. O caso mais comum são funcionários da área financeira que passam registros bancários e informações de lucro da empresa.


Registro de navegação

Marco Civil veio para regulamentar civilmente as relações dentro da internet, um dos fatores mais importantes é a guarda de logs,
ou retenção de dados pessoais pelos provedores de acesso à internet e provedores de conteúdo ou serviços, ou seja guarda de registro de IP’s. O registro das maquinas fica guardado no provedor, caso haja um ilícito a vitima tem acesso perante a uma ordem judicial. A quebra de sigilo já se dá também na quebra de sigilo telefônico, a mesma lei que fale de interceptação telefônica também fala de acesso informático, porem todos os dados precisam ser apresentados para busca de causadores de ilícitos. “A guarda de logs no Marco Civil descreve até seis meses, o que nós temos é o provedor guardando pelo tempo que ele julga necessário e isso pode ser 1 dia, já que estamos trabalhando a lei, que venha logo uma definição de que tenha que ser no mínimo de seis meses e não de no máximo seis meses. A cada vez que você conecta o provedor de acesso sabe a máquina que está conectada, e a origem dos dados. E isso vem de encontro a proibição já prevista na constituição que veda o anonimato.” Explica Dr. Juliana Ambrusio, sócia da Opice Blum Advogados Associados.

Fluxograma de informação

O termo
Notice and take down” significa a remoção de conteúdo. Dr. Marco Aurélio Florêncio Filho, vice presidente da Comissão de Crimes de Alta Tecnologia, explica como é feita está remoção nos provedores de conteúdo “notificação e retirada de conteúdo dos provedores, por exemplo, youtube, Orkut, blog, tudo o que é chamado de web 2.0, um usuário notifica sobre o conteúdo e o provedor se responsabiliza de tirar, um dos casos que deram mais repercussão foi o da modelo Daniela Cicarelli, o provedor não conseguiu tirar todos do ar, porem se responsabilizou por deletar todos que entrassem na rede”
.

Os crimes virtuais

“O que existe não são novos crimes e sim uma nova plataforma” diz Florêncio Filho. Os crimes
de cometer com ilícitos. Pois o que acontece no mundo real também é transferido para o mundo virtual. Com efeito, os Códigos Brasileiros já estão sendo discutidos em crimes comuns praticados por meio eletrônico. De outro lado, contudo, restam as condutas que surgiram apenas com a disseminação de ferramentas de alta tecnologia. As estatísticas revelam que o Brasil é o País com o maior número de crackers especialistas no mundo. Necessária, também, a celebração de tratados internacionais que coíbam as condutas criminosas no ambiente da Internet, bem como uma política mundial para cooperação recíproca, dada à questão que envolve a extraterritorialidade desses crimes. O spam não está incluso nos crimes virtuais, “a venda de banco de dados é considerado concorrência desleal, é considerado crime. Nas empresas isso é chamado de insider, o funcionário de está na empresa e ele é o grande causador do dano” alerta Florência Filho.

Pornografia infantil, o mal diante das crianças

A Nações Unidas definiu pornografia infantil como: "Qualquer representação, por quaisquer meios, de uma criança em atividades sexuais explícitas reais ou simuladas, ou qualquer representação das partes sexuais de uma criança para propósitos principalmente sexuais" (Protocolo Opcional à Convenção dos Direitos da Criança sobre o Tráfico de Crianças, a Prostituição Infantil e a Pornografia Infantil – Artigo 2º, "c")(2002).

Nos últimos dois anos pornografia infantil na Internet aumentou 16,5%, e também virou uma forma de negócios, há diversos sites de vídeos, fotos, onde o usuário precisa pagar uma mensalidade para acessar o conteúdo, “o estatuto da criança e do adolescente foi reformulado se quando a internet, então hoje pornografia infantil não é apenas tirar foto de crianças ou adolescentes em atos ou em momentos íntimos é também você transmitir esse material ou ter arquivado no seu computador” informa Dr. Juliana.

Ouça, também, as entrevistas que os convidados desta matéria concederam ao nosso blog.

Dr. Marco Aurélio Florêncio Filho

Marco Aurélio - Marco Civil by privacidadedigital

Dra. Juliana Ambrusio

Dra. Juliana Ambrusio - Marco Civil by privacidadedigital

Os transtornos do pós-fama e da superexposição

As pessoas cada vez mais se expõem e procuram a vida pública.

Por Cíntia Coimbra

Muitas pessoas são obcecadas por televisão, e com esta ilusão de vida e glamour vem o sonho de se tornar famosas, esse sonho se dá através de novelas filmes e sonho de seu trabalho reconhecido publicamente.
Hoje o mundo passa por uma onda de reality show que vem aumentando ainda mais o sonho desses tipos de pessoas, elas aceitam que sua privacidade seja totalmente invadida e ficam meses confinadas em uma casa com câmeras por todos os lados exibindo toda sua intimidade para quem quiser ver.

E tudo isso em troca de uma suposta fama ou de um prêmio que talvez seja dela. E quando saem do confinamento deste tipo de programa encontram se com uma vida de estrela, e começa a sair em capas de revista, sites de fofoca, aparecem em programas de televisão e são perseguidas 24hrs por paparazzis.

Depois de algum tempo o sonho de glamour e de encanto vai se acabando, e como já era previsto estas pessoas acabam sendo esquecidas, e aos poucos não são mais procuradas pela mídia e já não são mais reconhecidas pelas pessoas na rua, e isso trás sérios traumas podendo ocorrer até mesmo uma profunda depressão.

A psicóloga Alcione Nascimento afirma que este tipo de transtornos pode trazer sérios problemas para o indivíduo, podendo causar uma profunda depressão por ele não ter conseguido manter sua fama e se acha incapaz de alcançar suas metas e objetivos.

Vida Privada & Espaço Público na web

Os perigos e benefícios da Internet saibam como evitar futuros problemas.

Por Cíntia Coimbra

Hoje com o avanço da Internet a globalização vem aumentando e com isso o acesso a redes sociais, sites e e-mails, essa inovação dos meios de comunicação aparentemente é muito boa, mas na verdade não é tão legal quanto parece por que existem muitas pessoas de má fé espalhadas pelo mundo e com elas vem o perigo.

Existem muitos sites que aparentemente são inofensivos e que apenas com um clique pode trazer vírus para o computador fazendo a pessoa perder dados ou documentos importantes do sistema ou se este vírus estiver instalado no computador pode até copiar senhas de e-mail, sites e contas bancarias.

O hacker que tiver senhas pessoais e dados da pessoa pode fazer com que ela passe por vários tipos de constrangimento ele pode ter acesso a sua pagina de relacionamento fazendo com que ela seja difamada, este tipo de pessoa aproveita para mexer em fotos fazendo montagens eróticas e de muito mau gosto.

O advogado especialista em crimes de Internet Jéferson Santos diz para as pessoas evitarem sites que não sejam seguros e para as pessoas não clicarem em qualquer janela que apareça, e pede para os pais controlarem os tipos de sites que seus filhos entram e que procurem conversar com o adolescente sobre o que é bom ou ruim para seus filhos na Internet.

E não para por ai eles podem descobrir coisas particulares do e-mail e usar contra a pessoa da mesma forma que conseguem dados de senha bancaria e fazem transações com o dinheiro da pessoa fazendo se passar pelo dono da conta e acaba causando sérios prejuízos para a vida da pessoa.

Um dos dados mais assustadores que vem aumentando no Brasil e no mundo é a pedofilia através de redes sociais, homens com a idade na maioria das vezes acima de 40 anos entram em salas de bate papo destinadas a adolescentes fazendo se passar pela mesma idade para se aproximar e fazer amizade com o menor, depois começam fazer perguntas obscenas e fazer promessas tentadoras oferecendo dinheiro.
Segundo o site Terra o numero de crianças e adolescentes que acessa a internet sem a restrição dos pais chega a 90% e por conseqüência 53% desses menores já tiveram contato com conteúdos impróprios ou agressivos para a sua idade.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Número de internautas brasileiros pode ter ultrapassado a marca dos 50 milhões

Por Pedro Araújo

Segundo dados do instituto de pesquisas NetRatings, o Brasil viveu em 2008 um ciclo de crescimento sem precedentes no mercado de computadores, fechando o ano com mais de 43 milhões de pessoas com acesso à Internet. Cinco anos antes – em 2003 –, o número de internautas era pouco mais da metade – 22 milhões, o que representa a população de países como a Espanha e a Argentina. Mas, os números brasileiros devem ser mais altos, já que o instituto contabilizou os usuários com idade a partir dos 16 anos.
Como ainda não há dados oficiais sobre o número de internautas brasileiros em 2010, não é possível afirmar que já ultrapassamos a barreira dos 50 milhões, mas o acesso residencial, principal segmento da rede de computadores no país, tem aumentado cada vez mais graças às classes C e D.

O perfil do internauta brasileiro

Mulher, possui apenas o ensino fundamental, tem entre 16 e 34 anos e pertence à classe C.

Por Pedro Araújo

A pesquisa mais recente sobre o assunto foi realizada pelo Datafolha entre os dias 18 e 22 de agosto de 2009 em 146 municípios brasileiros com 2.344 pessoas com 16 anos ou mais pertencentes à todas as classes sociais. (A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.)

SEXO
Mulheres - 51%
Homens - 49%

ESCOLARIDADE
Ensino fundamental - 47%
Ensino médio - 42%
Ensino superior - 11%

IDADE
16 a 24 anos - 25%
25 a 34 anos - 24%
35 a 44 anos - 20%
45 a 59 anos - 19%
60 anos ou mais - 13%

CLASSE SOCIAL
A - 3%
B - 24%
C - 50%
D/E - 23%

Apesar do número de usuários domiciliares brasileiros na Internet ser de 12 milhões, o país tem um índice relativamente baixo em relação ao total da população quando comparado a outros países. Mas, o perfil do internauta no Brasil se aproxima do padrão dos países desenvolvidos ao mesmo tempo que o uso da Internet cresce de forma constante. Os internautas residenciais brasileiros superaram pelo segundo mês consecutivo o tempo de navegação dos americanos, atingindo a média de 13 horas e 51 minutos em maio, segundo o instituto de pesquisas NetRatings. O maior índice de adoção de banda larga no Brasil pode ser uma explicação, já que os usuários estão navegando por mais categorias e reduzindo o tempo que gastavam em determinados serviços, como downloads, por exemplo. Os sites de fabricantes de computadores, softwares, aparelhos eletrônicos e trocas de arquivos, incluindo fotografia digital, estão entre os mais acessados da Internet brasileira.